Hoje, a franquia está sob os direitos da Rede Bandeirantes e do Cartoon Network.
Haim Saban, nascido em Alexandria, Egito, empresário e compositor de diversos temas de séries e desenhos animados de muito sucesso nos EUA e na França, é o responsável pelo advento da franquia. Na década de 1980, Saban já tinha levado a série Super Sentai Choudenshi Bioman para a França, obtendo muito sucesso. Logo depois, o empresário tentou levar Bioman para a TV americana, mas não houve interesse por parte dos produtores. Já na década de 1990, Saban fundou seu próprio estúdio e adquiriu com a produtora Toei os direitos do Sentai Kyoryu Sentai Zyuranger (1992 - 1993) para os EUA, aproveitando o tema de dinossauros da série, em voga na época devido ao filme Jurassic Park. O elenco que personificava os heróis em roupas civis foi trocado por atores norte-americanos e o seriado, rebatizado para Mighty Morphin Power Rangers. Além disso, os próprios episódios foram reescritos para dar à série um tom maior de comédia. "Reescritos" não é bem a palavra: os roteiros foram praticamente escritos do zero, aproveitando do original apenas algumas cenas de luta. Saban argumentou que o mercado americano não aceitaria uma série com um elenco todo de japoneses, assim como a narrativa da série original.
1993-2002: Mudança de formato na primeira adaptação[editar | editar código-fonte]
Saban também pareceu não se importar com as diferenças de qualidade entre a filmagem original (em película) e a norte-americana (cinescopada, ou seja, vídeo com textura modificada), assim como com o fato de a Ranger Amarela (Trini Kwan, interpretada no piloto da série por Audrey Dubois[2] e substituída na série pela atriz Thuy Trang, falecida em 2001) ser um homem na série japonesa (Boy, interpretado por Takumi Hashimoto, conhecido entre os brasileiros como o garoto Manabu de Jiraiya). O problema se repetiu em todas as séries entre Power Rangers na Galáxia Perdida (1999) e Power Rangers: Força Animal (2002).
O sucesso de Power Rangers inspirou a companhia a comprar outros seriados nipônicos e adaptá-los da mesma forma, originando VR Troopers, Masked Rider, Big Bad Beetleborgs e Os Cavaleiros Míticos de Tir Na Nog (esta, utilizando material 100% ocidental), com diferentes níveis de sucesso. Uma produtora rival, a DIC Audiovisual, conhecida no Brasil pelos desenhos O Máskara, Pole-Position e Capitão Planeta (além de ter sido responsável pela adaptação e exibição das duas primeiras temporadas de Sailor Moon nos EUA), tentou o mesmo caminho ao adaptar o seriado Denkou Choujin (Super-Homem Elétrico/Eletrônico) Gridman, da Tsuburaya Productions, a mesma produtora de "Ultraman", renomeando-o Superhuman Samurai Syber Squad. Gridman era uma auto-homenagem da Tsuburaya às séries Ultra, levando o conceito de lutas de heróis gigantes para o mundo dos computadores, onde o herói combatia vírus eletrônicos com a forma de monstros. Apesar de se manter mais fiel aos episódios originais que as séries da Saban, a DIC não teve sucesso com sua produção.
O sucesso de Power Rangers incentivou a 20th Century Fox trazer a série de TV para os cinemas. Em 1995, foi feito o primeiro filme sob a direção de Bryan Spicer, filmado em Sydney na Austrália, a produção criou uma história, adereços e pacotes gráficos, totalmente diferentes das primeiras temporadas, além da presença de personagens exclusivos e trilha sonora para o filme, incluindo o tema de abertura na voz de Eric Martin. A orquestra sinfônica tocada durante o filme, foi executada pelo compositor neozelandês Graeme Revell. Os protagonistas deste filme, estavam migrando da segunda para a terceira temporada na série de TV. O longa foi lançado em 30 de junho de 1995 nos Estados Unidos, e em 2 de setembro do mesmo ano no Brasil, e arrecadou mais de 66 milhões de dólares em todo o mundo.
O segundo filme é diferente do primeiro, tendo uma relação mais direta com a série, servindo de pontapé inicial para Power Rangers: Turbo. Dois ex-rangers Jason (Austin St. John) e Kimberly (Amy Jo Johnson) participaram deste filme, no qual, arrecadou mais de 9 milhões de dólares.
O terceiro longa da história da franquia, foi anunciado pela Saban Brands e Lionsgate. As duas empresas garantem que o longa será um grande sucesso, ainda não tem menção de outros detalhes como elenco, história, etc. E tem data prevista para 22 de julho de 2017 nos cinemas . O novo longa contará com uma equipe de peso: Ashley Edward Miller e Zack Stentz (os mesmos roteiristas de X-Men: A Primeira Classe), com a produção de Brian Casentini e Allison Shearmur. A direção fica por conta de Max Landis.
Em 1996, com Power Rangers: Zeo, os uniformes dos Zyurangers foram trocados após três temporadas (desta vez utilizando uniformes e filmagem da série Super Sentai do ano anterior, Chouriki Sentai Ohranger) e o tema passou a variar—todo ano uma nova série Ranger surgia, ligada aos eventos dos anos anteriores.
Na temporada de 1999, o arco que vinha desde a primeira temporada foi parcialmente abandonado, e cada temporada passou a ter um roteiro e um elenco independentes, seguindo o modelo japonês — embora se situando no mesmo "universo", permitindo, assim, que os heróis dos seriados anteriores apareçam para "dar uma força" aos novos, ainda que isso aconteça poucas vezes.
2001-2010: O fim da Saban Enterteinment e venda para a Disney[editar | editar código-fonte]
Em 2001, a Saban Entertainment (parte integrante da Fox Family Worldwide) enfrentava as crises financeiras durante o período de exibição de Power Rangers: Força do Tempo. Com isso, os direitos de todos os acervos da Fox Family Worldwide foram vendidos para Walt Disney Company. Em 2002, a partir de Power Rangers: Tempestade Ninja, as filmagens foram feitas na Nova Zelândia, a Fox Kids, que exibia a série desde a primeira temporada, se converteu para Jetix nesta mesma época.
Durante a posse da Disney sobre os direitos da franquia e a produção de novos episódios por parte da empresa, muitas temporadas já foram consideradas infantilizadas pelos fãs, o que causou uma queda na aceitação do público e na popularidade da série conforme as novas temporadas foram sendo produzidas. Para tentar alavancar a audiência, em fevereiro de 2007 foi anunciada a versão animada da série, intitulada Power Rangers: Super Legends e que em seguida renomearia para Power Rangers: Morphin Heroes. Entretanto, a animação fora cancelada, e o primeiro nome atribuído a um jogo de ação em comemoração ao aniversário de 15 anos de Power Rangers.
Em 2009, estreava a 17ª temporada, Power Rangers: RPM, adaptação de Engine Sentai Go-Onger. Com o fim da Jetix e o início da Disney XD, todas as temporadas deixaram de ser exibidas, e a nova temporada de Power Rangers foi transmitida nos Estados Unidos pela ABC, no bloco ABC Kids. Enquanto a nova temporada estreava nos EUA, no Brasil, a temporada anterior (Power Rangers: Jungle Fury) ainda era exibida pela Jetix, e Power Rangers: RPM estreou no ano seguinte na Disney XD.
Em meio ao declínio pelo qual a franquia passava, a Disney anunciou que Power Rangers: RPM seria a última a ser produzida, e que em no ano seguinte, ao invés de uma nova adaptação ser feita, estrearia uma versão remasterizada de Mighty Morphin Power Rangers. Por sua vez, a remasterização foi severamente criticada pelos fãs, e após ter estreado em 2010 na ABC americana apenas 32 episódios, a produção foi cancelada. No Brasil, a temporada não estreou em nenhuma emissora de TV, mas se encontra no catálogo do serviço digital Netflix.
Em 12 de Maio de 2010, Haim Saban readquiriu os direitos da série e fez uma adaptação de Samurai Sentai Shinkenger denominada Power Rangers: Samurai, que resgatava o tema da primeira temporada (Mighty Morphin Power Rangers, o famoso "Go Go Power Rangers"). Nos Estados Unidos a série começou a ser transmitida pelo canal fechado Nickelodeon em 7 de Fevereiro de 2011.
O Power Rangers Megaforce estreou em 02 de Fevereiro de 2013, no início do projeto, foi anunciado pela Saban Brands para vários utensílios e mídias. Mas depois de muitas especulações, o título foi pego para a nova série servindo como o 20º Aniversário da franquia. A série usa adereços e imagens, já que os termos "Warstar", "Tensou" e "Gosei" foram mencionados, isso explica que estava confirmada a adaptação do Tensou Sentai Goseiger. A série conta com "o retorno dos Rangers históricos", mas foi exibido todos os 193 rangers, que incluiria os sentais pré-Zyuranger, na qual foi mostrada na 3ª edição do Power Morphicon nos EUA, como também no primeiro episódio no sonho de Troy - Ranger Vermelho (Andrew Gray).
Na Comic-Con de 2012, era anunciado a segunda temporada que seria a adaptação de Kaizoku Sentai Gokaiger, e titulou para Power Rangers: Megaforce. De acordo com a firma de contrato com a Nick, a serie alongaria até 2016. Ainda em clima de estreia de Power Rangers: Megaforce, foi anunciado com antecedência, a série Power Rangers: Dino Charge para fevereiro de 2015 e também revelou o titulo Power Rangers: Dino Supercharge para a continuação do mesmo. A nova temporada inicialmente viria a ser filmada na Africa do sul, mas foi descartado e confirma que dará continuidade para a Nova Zelândia e terá 40 episódios e revela que ainda não teria duas partes como nas anteriores por conta das filmagens do novo longa que esta sendo programado.
A série chegou ao Brasil em 1994 pelo canal Fox, na qual Fox Kids era apenas um bloco. A Fox Kids se converteu para Jetix em 2004, e em 2009 mudou-se para Disney XD. Em 2010, com a Saban readquirindo os direitos, Power Rangers deixou de ser exibida pelo Disney XD, passando para a Nickelodeon, emissora a qual estreou Power Rangers: Samurai em 2011 e todas as temporadas subsequentes. Na mesma época da transição entre Disney e Saban, quase todas as temporadas foram disponibilizadas no serviço de streaming online Netflix, este que agregou Power Rangers: Megaforce ao catálogo em 2013, já dublada, antes mesmo da exibição na televisão. Megaforce é a primeira série transmitida no Cartoon Network desde o 19 de maio de 2014 no bloco Heróis, exibindo os primeiros dois episódios e sua pré-estreia foi realizada no início do mês.
Em Janeiro de 1995, foi exibido pela Rede Globo, as passagem de temporadas pela emissora, teve remanejamento de programas infantis: TV Colosso (1995-1996), Angel Mix com Angélica (1996-2000), Bambuluá (2000-2001), Festival de Desenhos (na época comandada pela atriz Deborah Secco, exibido em 2001-2003), TV Globinho (2002-2004, 2008-2010, 2012) e TV Xuxa (fase infantil em 2005-2007). Ao todos, a franquia permaneceu na Rede Globo por 17 anos.
Em 2010, a série também foi remanejada da Globo: a Rede Bandeirantes comprou os direitos de exibição de todas as temporadas exibidas na Globo em 2010. No dia 13 de Junho de 2011, a série estreou no novo canal, iniciando pela temporada Tempestade Ninja, no programa matutino Band Kids. No início, acreditava-se que a transmissão da série se iniciasse apenas em setembro do mesmo ano, substituindo Futurama na grade de programação das tardes da Band, o detalhe é que a mesma exibia as temporadas inéditas em relação a emissora anterior, Power Rangers: RPM e a primeira fase de Power Rangers: Samurai.
Em 2012, enquanto a Band transmitia as temporadas Zeo e Turbo, a Rede Globo transmitia Power Rangers: Jungle Fury, ainda inédita no Brasil, regionalmente no Rio de Janeiro e outros Estados. Após a temporada sair do ar, a Rede Bandeirantes comprou os direitos das temporadas que ainda restavam, possuindo, assim, os direitos sobre a franquia inteira.
Em janeiro de 2013, Power Rangers saia do ar pela TV aberta, retornando um ano depois, com as temporadas Dino Trovão, Power Rangers: Força Mística, Power Rangers: Galáxia Perdida e Mighty Morphin sendo exibidas em algumas regiões do Brasil. Atualmente, a Band reexibe Power Rangers: Fúria da Selva em algumas cidades às 6h da manhã.
É tradição dos estúdios nos Estados Unidos refilmar ou editar uma produção estrangeira. Na primeira categoria estão filmes como Três Solteirões e um Bebê (do original francês Três Homens e um Bebê), Um Toque de Infidelidade (do também francês Primo/Prima), Godzilla (do japonês Gojira/Godzilla, o Rei dos Monstros!), O Chamado (do japonês Ringu/Ring), O Grito (do japonês Ju-on) e "Água Negra" ("Dark Water", de 2005).
Quanto à edição, já na década de 1960 o estúdio do diretor Roger Corman adaptava séries da família Ultra, mudando até a temática: séries dramáticas ganhavam tom de comédia.
No campo da sátira, seis episódios do sentai Kagaku Sentai Dynaman (de 1983) foram dublados nos EUA com vozes cômicas e falas fora do contexto (como faziam os humoristas do grupo Hermes e Renato no extinto programa Tela Class) e exibidos em 1987 no programa de variedades "Night Flight", do canal de TV "USA Network". Contudo, neste caso, não houve substituição de elenco, e os episódios foram exibidos sem cortes.
Outras séries da Saban (VR Troopers, Masked Rider, Big Bad Beetleborgs) se utilizavam do mesmo método de reciclagem de originais japoneses, chegando ao ponto de usarem imagens de séries diferentes numa mesma produção. Algumas das séries que foram “refeitas” já haviam sido exibidas em sua versão original no Brasil e obtido relativo sucesso entre o público: Kamen Rider Black RX foi matéria-prima para Masked Rider; e Metalder, Spielvan e Shaider foram usadas em V.R. Troopers. Os fãs ficaram decepcionados ao verem as séries transformadas em algo completamente fora do contexto original e seus atores favoritos sendo substituídos.
Mais importantes parecem ser o custo de tradução—há menos tradutores de japonês do que de inglês—e as dificuldades de dublagem. Segundo o dublador Ionei Silva, diretor de dublagem da série "O Regresso de Ultraman", em uma entrevista à uma revista, o texto traduzido precisava de uma adaptação para "bater" com os movimentos labiais dos atores, devido a peculiaridades na estrutura do idioma. Um trabalho, além de um custo, a mais que as distribuidoras poderiam não querer arriscar.
Outro fator de peso surgiu com a abertura às importações iniciada em 1991, que também atingiu o mercado de brinquedos: a venda de produtos correlatos como bonecos, camisetas, pôsteres, papéis de carta e alimentos é um componente indissolúvel das séries infanto-juvenis de tevê e quadrinhos em todo o mundo, e Power Rangers não é exceção. A importação do excedente desses produtos disponível no exterior barateou o custo de venda para o público brasileiro (ainda que tenha causado o desemprego nas fábricas do País) e a disseminação dos produtos pelo Mundo tornou mais fácil o retorno financeiro para os produtores da série.
Isso faz com que os mesmos brinquedos sejam vendidos em diferentes países, muitas vezes com as mesmas embalagens. Nesse panorama de redução de custos, sairia muito caro providenciar embalagens diferenciadas—ou, o que é cada vez mais frequente, etiquetas adesivas cobrindo os nomes em inglês na embalagem — em português e com o logotipo, por exemplo, dos Jyu Rangers originais em vez do dos Power Rangers norte-americanos. Assim, sob este aspecto, é mais cômodo optar pelo seriado para o qual os brinquedos e objetos foram produzidos.
Em 2014, após anos todos de toda a controvérsia em torno da adaptação, a Shout! Factory anunciou que vai lançar Zyuranger e na recente edição do Power Morphicon, trouxe o ator de Geki (da mesma série) que divide a bancada com Austin St. John (o Jason/ MMPR).
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