Considerada uma das mais destacadas atrizes francesas de sua geração, Irène conquistou reconhecimento internacional por seus trabalhos com o diretor polonês Krzysztof Kieslowski, de quem protagonizou A Dupla Vida de Véronique and Trois couleurs: rouge. Ela passou a representar a imagem da sofisticação europeia, por seu "estilo de atuação que é ao mesmo temo clássico, pensativo e melancólico"Irène nasceu em Suresnes, um subúrbio a oeste de Paris,seu pai era médico, e sua mãe, psicóloga;Irène desenvolveu interesse por representar após ver os filmes de Charlie Chaplin. "Eles me envolveram completamente", ela lembra. "Faziam-me rir e chorar, e era exatamente o que eu esperava de um filme – que me despertassem para meus sentimentos."Em 1984, mudou-se para Paris, onde estudou teatro no prestigiado Rue Blanche (a academia nacional francesa de drama). Depois foi a Londres, assistir às aulas do Dramatic Studio,
Em 1987, Irène voltou a Paris. Já com 21 anos, fez seu primeiro papel (uma professora de piano), dirigida por Louis Malle em Au revoir, les enfants. Depois desse, vieram seis papéis menores em filmes franceses, em quatro anos.
Em 1991, o diretor polonês Krzysztof Kieślowski a convidou para fazer o papel-título de A Dupla Vida de Véronique, sobre duas jovens idênticas, uma na Polônia e outra na França. Por sua atuação, Iréne obteve o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes.
De 1992 a 1993, preferiu fazer filmes franceses de baixo orçamento a aceitar propostas de estúdios hollywoodianos (inclusive para protagonizar Proposta Indecente, papel que ficou com Demi Moore).
Em 1994, Irène foi novamente aclamada internacionalmente, desta vez por Trois couleurs: rouge, também de Kieślowski. O filme recebeu três indicações ao Oscar, incluindo melhor diretor, melhor fotografia e melhor roteiro original. além de indicações para melhor filme estrangeiro das seguintes instituições: Círculo de Críticos de Nova York, National Board of Review, prêmio National Society of Film Critics e Associação dos Críticos de Cinema de Los Angeles. Recebeu indicações para o Cesar Award nas categorias Melhor Filme, Melhor Ator (Jean-Louis Trintignant), Melhor Atriz (ela), Melhor diretor e Melhor Roteiro. O New York Times o incluiu entre os "100 melhores filmes de todos os tempos".Sua atuação em Trois couleurs… conquistou reconhecimento internacional e lhe trouxe várias propostas dos maiores estúdios norte-americanos. Novamente, porém, Irène abriu mão da fama e ficou nove meses afastada, aproveitando seu tempo para ler Tolstói, Balzac e várias autobiografias.
De 1995 a 1999, Irène trabalhou em diversos filmes, tanto norte-americanos quanto europeus, com diferentes repercussões. Só em 1995, apareceu em seis filmes, incluindo Victory (com Willem Dafoe e Sam Neill); Al di là delle nuvole, de Michelangelo Antonioni; e a adaptação de Oliver Parker para a shakespeariana Othello, pela primeira vez atuando em inglês. Nos anos seguintes, trabalhou em filmes de relativo sucesso, como Incognito (1997); U.S. Marshals (1998, com Wesley Snipes e Tommy Lee Jones); The Big Brass Ring (1999, com William Hurt); e History Is Made at Night (1999, com Bill Pullman).
No início de 2000, a carreira cinematográfica de Irène entrou em recesso, depois de vários filmes independentes, e ela dedicou-se mais ao teatro. Naquele ano, interpretou o papel-título de Madame Melville, ao lado de Macaulay Culkin, no West End de Londres, papel que foi crucial para sua evolução como atriz. Ela continua, porém, a fazer cinema.
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