terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Atores Hollywoodianos




Marlon Brando, Jr. (Omaha, 3 de abril de 1924 – Los Angeles, 1 de julho de 2004) foi um ator de cinema e teatro e diretor estado-unidense. É saudado por trazer um estilo realista emocionante na atuação em filmes, e é amplamente considerado como um dos maiores e mais influentes atores de todos os tempos. Considerado um dos mais importantes atores do cinema dos Estados Unidos,1 2 Brando foi um dos três únicos atores profissionais, juntamente com Charlie Chaplin e Marilyn Monroe, a fazer parte da lista de 100 pessoas mais importantes do século compilada pela revista Time, em 1999.3 Também foi um ativista, apoiando várias causas, nomeadamente os movimento dos direitos civis dos negros e os vários movimentos indígenas americanos.
É mais conhecido pelos seus papéis como Stanley Kowalski em A Streetcar Named Desire (1951), Emiliano Zapata em Viva Zapata! (1952), Marco Antônio na adaptação da MGM da peça de Shakespeare, Julius Caesar e Terry Malloy em On the Waterfront (1954). Durante os anos 70, ele foi mais famoso pela sua eterna performance vencedora do Oscar de melhor ator como Don Vito Corleone, em The Godfather (1972), de Francis Ford Coppola, e, também, pelo seu papel como Coronel Walter Kurtz em Apocalypse Now (1979), também de Coppola. Brando também recebeu uma indicação ao Oscar pela sua performance como Paul em Last Tango in Paris (1972), além de ter dirigido e estrelado One-Eyed Jacks (1961).
É considerado um dos maiores e mais influentes atores do século XX. Na opinião do cineasta Martin Scorsese, "Ele é o marco. Há o 'antes de Brando' e 'depois de Brando'."4 Brando foi, também, um ativista, apoiando diversas causas, mais notavelmente o movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos e diversos movimentos em defesa dos índios norte-americanos...Marlon Brando era filho de Marlon Brando Sr. (1895-1965) e Dorothy Pennebaker Brando. Os seus pais se separaram quando tinha apenas 11 anos de idade - em 1935. A sua mãe levou os filhos (Marlon, Jocelyn Brando e Frances Brando) para viver com a avó em Santa Ana, Califórnia, até 1937, quando decidiu reconciliar com o marido e viver com ele e com os rebentos numa vila chamada Libertyville, Illinois.
Dorothy era uma mulher talentosa, embora fosse viciada em bebidas alcoólicas e mãe ausente. Ela se envolveu com o teatro local, ajudou o jovem Henry Fonda a começar a carreira de ator e incutiu em Brando o interesse pela mesma. Sua irmã mais velha, Jocelyn, também foi atriz.
Brando teve uma infância tumultuada. Foi expulso da escola Libertyville High School e, aos 16 anos de idade, mandado para a academia militar Shattuck, em Fairbault, Minnesota. Lá, se sobressaiu nas aulas de teatro. Mas por tentar escapar do confinamento da escola, sofreu, mais uma vez, expulsão. Aceito de volta um ano mais tarde, decidiu não dar prosseguimento aos estudos.
Brando foi para Nova York atrás de suas irmãs. Uma tentava ser pintora enquanto a outra estava na Broadway. Em Nova York, Brando estudou em várias escolas de teatro com destaque para o tempo em que estudou com Stella Adler no seu estúdio que hoje ainda funciona como escola, a Stella Adler Actors Studio. Foi com Stella, a única professora nos Estados Unidos que realmente teve contato com Stanislavski que Brando definiu sua técnica.
Brando na peça A Streetcar Named Desire, que posteriormente iria para as telas de cinema.
Brando começou a chamar atenção atuando na peça de Tennessee Williams, A Streetcar Named Desire (Um Bonde Chamado Desejo/Um Eléctrico Chamado Desejo). A peça foi filmada, mas acabou tendo seu lançamento atrasado, o que levou que figurasse como seu primeiro trabalho em cinema o filme, de 1950, The Men (Espíritos Indômitos). Esta produção contava a história de um veterano da Segunda Guerra Mundial ferido em combate angustiado por estar preso a uma cadeira de rodas.
Em 1961, trabalhando no único filme que dirigiu: o faroeste One-Eyed Jacks
Em A Streetcar Named Desire (Uma Rua Chamada Pecado) - dirigido por Elia Kazan e com a presença da atriz Vivien Leigh no papel de Blanche DuBois, Brando fazia o papel de Stanley Kowalski, um rude trabalhador de chão de fábrica que gostava de jogar cartas e boliche. Tornou-se um símbolo sexual ao aparecer em fotos como o personagem, sempre de camiseta que lhe realçava seus músculos. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Los Angeles premiou o filme nas categorias de melhor atriz, Vivien Leigh, melhor ator coajuvante, Karl Malden e melhor atriz coadjuvante para Kim Hunter. Brando também foi indicado ao Oscar, mas mesmo sendo o franco favorito, não ganhou. Brando seria indicado mais três vezes em cada ano posterior em Viva Zapata! em 1952, Julius Caesar (Júlio César), 1953, no papel de Marco Antônio, e On the Waterfront (Sindicato de Ladrões), em 1954.
No ano de 1953, Brando se tornaria um ídolo dos jovens da época ao interpretar Johnny Stabler em The Wild One (O Selvagem). No filme ele era um delinquente, líder de uma gangue de motoqueiros, vestido de jaqueta de couro e dirigindo uma motocicleta 1950 Triumph Thunderbird 6T. O filme marcaria toda uma geração de artistas, desde James Dean a Elvis Presley, os quais adoravam o estilo rebelde mostrado no filme.
Ganharia o primeiro Oscar com o filme On the Waterfront (Sindicato de Ladrões/Há Lodo no Cais), dirigido por Elia Kazan. Nos anos 1960 faria alguns filmes polêmicos, como The Chase (Caçada Humana), no qual é a vítima em uma longa cena de espancamento. E Queimada!, seu personagem favorito, usado para mostrar uma visão histórica do que teria sido a política de colonização europeia na América, com os portugueses e espanhóis agindo com violência e ganância, enquanto os ingleses buscavam tomar para si as colônias, atuando nos bastidores com mentiras e falso apoio aos nativos colonizados. Brando se mostra um grande ativista nos anos 1960, tendo participado de manifestações públicas em favor do Direitos Civis e dos Direitos dos Indígenas, campanha que o levou a recusar um oscar no início da década seguinte.
Mas seu estilo como ator alcançaria o auge do sucesso e da fama nos anos 1970, com os clássicos The Godfather (O Poderoso Chefão), Last Tango in Paris (Último Tango em Paris), Apocalypse Now, entre outros, tendo sido indicado para mais dois oscars pela Academia de Hollywood. Venceu pela sua eterna interpretação de Don Vito Corleone, que rendeu ao personagem o título de "maior vilão da história do cinema".
Quando venceu em 1973 o Oscar pelo fime The Godfather, Marlon Brando enviou uma representante dos povos indígenas para fazer um discurso em seu nome, protestando contra a forma como os Estados Unidos e Hollywood discriminavam os nativos americanos.
Nos anos 1980 interrompe sua carreira e se retira para a ilha de Tetiaroa, na Polinésia Francesa, da qual era o dono desde 1966. Ganha peso e é fotografado várias vezes usando um largo sarongue polinésio. Com problemas financeiros, retomou sua carreira cinematográfica em 1989. Chegou a fazer uma paródia de si mesmo no filme The Freshman (Um Novato na Máfia), no qual praticamente repetiu a caracterização de Don Vito Corleone. Passa a ter sérios problemas pessoais, com o julgamento do filho Christian por assassinato do namorado da irmã Cheyenne e que, deprimida, se suicidou poucos anos depois (1995).
Dirigiu apenas um filme, o western One-Eyed Jacks (Cinco Anos Depois ou A Face Oculta) de 1961, substituindo o diretor Stanley Kubrick no início das filmagens. Obteve alguns elogios da crítica, demonstrando estilo lento e inovador no gênero: filmou o mar, cenário incomum dos western. Também no duelo final com seu amigo na vida real Karl Malden, usa ângulos e coreografia fora do normal. No western que fez com Jack Nicholson, The Missouri Breaks (Duelo de Gigantes), de 1976, faz um pistoleiro bem estranho, dando continuidade à sua visão e a do diretor Arthur Penn, inovadora mas com tendências acentuadas para parodiar o gênero.
Participaria do filme Scary Movie 2 (Todo Mundo em Pânico 2), como o Padre McFeeley;5 na época das filmagens, no entanto, Marlon contraiu um quadro de pneumonia, que o impediu de participar do filme.
Brando ganhou uma reputação de "bad boy" por suas explosões públicas e seu mau-comportamento. De acordo com a revista Los Angeles, Brando foi o "rock and roll antes que alguém soubesse o que o rock and roll era". Seu comportamento durante as filmagens de O Grande Motim (1962) parecia reforçar a sua reputação como uma estrela difícil. Ele foi responsabilizado por uma mudança de diretor e um orçamento de fuga, embora negada a responsabilidade por qualquer um. Em 12 de junho de 1973, Brando quebrou a mandíbula do paparazzo Ron Galella . Galella tinha seguido Brando, que estava acompanhado pelo apresentador de talk show Dick Cavett, depois de uma gravação de The Dick Cavett Show, em Nova York . Ele teria pago um assentamento de 40 000 dólares fora de quadra e sofreu como uma mão infectada como resultado. Galella usava um capacete de futebol da próxima vez que ele fotografou Brando em um baile de gala em benefício da Associação de Desenvolvimento Índios americanos.
Brando fez o seguinte comentário sobre a sua vida sexual em uma entrevista com Gary Carey, por sua biografia 1976 The Only Contender: " A homossexualidade está tanto na moda que já não faz notícia. Como um grande número de homens, eu também tive experiências homossexuais e não me envergonho. Nunca prestei muita atenção ao que as pessoas pensam sobre mim. Mas se há alguém que está convencido de que Jack Nicholson e eu somos amantes, eles podem continuar a fazê-lo. Acho que é divertido. "
As filmagens de O Grande Motim afetado a vida de Brando de uma forma profunda, como ele se apaixonou por Tahiti e seu povo. Ele comprou um atol 12-ilha, Tetiaroa, e, em 1970, contratou um premiado jovem Los Angeles arquiteto Bernard juiz para construir sua casa e aldeia naturais lá sem espoliação do meio ambiente. Um laboratório ambiental proteger aves marinhas e tartarugas foi estabelecido e grupos de estudantes bem-vinda lá por muitos anos. Tragicamente, o 1983 furacão destruiu muitas das estruturas, incluindo seu resort. Um hotel de usar o nome de Brando está em reconstrução sob nova propriedade que deve ser aberto em 2014. O seu filho Simon é o único habitante de Tetiaroa. Brando era um ativo de rádio amador do operador, com os sinais de chamada KE6PZH e FO5GJ (o último de sua ilha). Ele foi listado no Federal Communications Commission (FCC) registra como Martin Brandeaux para preservar sua privacidade.
No episódio A&E Biography sobre Brando, comentários do biógrafo Peter Manso: ", por um lado, ser uma celebridade permitido Marlon para se vingar no mundo que tão profundamente machucá-lo, tão profundamente marcado ele. Por outro lado, ele odiava porque ele sabia que era falsa e efêmera ". No mesmo programa, o biógrafo David Thomson relata: "Muitas, muitas pessoas que trabalharam com ele, e chegou a trabalhar com ele com as melhores intenções, partiu em desespero dizendo que ele é uma criança mimada. Ele tem que ser feito o seu caminho ou ele vai embora com alguma grande história sobre como ele foi injustiçado, ele se sentiu ofendido, e eu acho que se encaixa com o padrão psicológico que ele era um garoto injustiçado."
Em 1 de julho de 2004, Marlon Brando morreu de insuficiência respiratória. Segundo o advogado, David J. Seeley, Marlon faleceu em um hospital de Los Angeles, seu corpo foi cremado e suas cinzas foram colocadas juntas a de seu amigo de infância Wally Cox e outro amigo de longa data, Sam Gilman. Em seguida, foram espalhadas uma parte no Taiti e outra parte no Vale da Morte, Deserto de Mojave nos Estados Unidos.

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